Os favoritos:
Best Film – The Departed
Best Director – Martin Scorsese
Best Actor – Forest Whitaker
Best Actress – Helen Mirren
Best Actor in a Supporting Role – Eddie Murphy
Best Actress in a Supporting Role – Jennifer Hudson
Best Original Screenplay – Little Miss Sunshine
Best Adapted Screenplay – The Departed
Best Cinematography – Children of Men
Best Editing – The Departed
Best Original Score – Babel
Best Documentary – An Inconvenient Truth
Best Foreign Film – El Laberinto Del Fauno
Estas seriam as previsões de acordo com a maioria das opiniões. Mas… parte do divertimento dos Oscares são as surpresas (“upsets”), por isso vou fugir um pouco ao consenso mais ou menos instalado.
Por Categoria:
Melhor Filme
The Departed parece estar na frente nas previsões da imprensa americana, mas Babel deverá ter hipoteses semelhantes (especialmente de acordo com a imprensa europeia). Custa-me acreditar que um filme como The Departed, afinal de tudo um remake de um filme de Hong-Kong, com a sua dose de violência gráfica exagerada (Scorsese a puxar um pouco de Goodfellas) possa ganhar um prémio que costuma representar uma escolha moderada.
Babel tem fortes hipóteses de aproveitar isto, mas tem sido um filme com alguma polémica nas críticas e posições extremadas na sua apreciação. O ponto forte de Babel será o facto de representar uma história com uma diversidade de personagens e uma narrativa que procura transceder o mundo em que se situa, semelhante ao vencedor do ano passado, Crash.
Little Miss Sunshine aparece como o outsider que pode beneficiar da divisão de votos entre estes dois filmes, mas mais uma vez parece-me improvável uma comédia ganhar esta categoria, especialmente sendo uma versão light das comedias indie dos últimos tempos sobre famílias americanas disfuncionais (The Royal Tenenbaums e The Squid and the Whale). A única excepção nos últimos anos que se assemelhe a Little Miss Sunshine será talvez American Beauty.
The Queen parece fora da corrida, sem grandes chances de ganhar. Por isso vou apostar na surpresa total e escolher Letters from Iwo Jima como o grande vencedor. Devido ao facto de não existir um grande consenso sobre os outros filmes nomeados, o filme de Eastwood aparece como o filme capaz de agradar aos que não revêem nas outras escolhas um vencedor apropriado e representar também uma recompensa se Scorsese ganhar por melhor realizador. Eastwood sempre foi um dos preferidos da academia e poderá ser a grande surpresa desta noite. Mas é claro também é possível que não ganhe nada – tal como The Thin Red Line foi ignorado.
Melhor Realizador:
O consenso parece ser que este ano é que é, finalmente para um dos melhores realizadores americanos dos últimos anos, Martin Scorcese, já com 6 nomeações sem vencer. Mas é bom lembrar que da última vez que esteve nomeado já se falava nisto, e o sentimento na altura era igual, que já era tempo de ganhar. E acabou por perder para Clint Eastwood, no que mais tarde com algum tempo de distanciamento emocianal veio a ser reconhecido como justo, por um filme superior como era Million Dollar Baby. Há dois anos foi surpresa, talvez se repita este ano? Pode ser que haja novamente um prémio por mérito este ano que supere o prémio por simpatia. A “luta” parece ser entre estes dois, mas há quem defenda as hipóteses de Gonzalez Inarritu, que deste modo poderia ver reconhecido a mestria na direcção, ultrapassando as condicionantes mais ou menos polémicas do argumento.
Melhor Actor:
Forest Whitaker na sua primeira nomeação parece lançado para a sua primeira estatueta. Tem ganho os vários prémios que antecedem os Oscares e existe a opinião geral que dificilmente não ganhará. De facto a sua performance no filme é extraordinária e representa um papel que costuma ganhar este prémio: a caricatura de uma figura real (ver Capote, Ray). O único que poderá intrometer-se é Peter O’toole, o veterano já vencedor de um oscar honorário (o actor de Lawrence of Arabia nunca ganhou o oscar de melhor actor) que quase o recusou na altura porque acreditava que ainda podia ganhar the real thing. Aqui está ele, numa interpretação soberba que carrega o filme todo e poderá significar a escolha mais sentimental da academia. Contra si tem o facto do fime com que está nomeado, Venus, ser um pequeno filme britanico quase desconhecido.
Melhor Actriz:
Aqui não deve haver surpresa: Helen Mirren será certamente uma das vencedoras da noite, pelo carisma da sua personagem, pelos prémios que já ganhou e mais vez pelo papel que representa: outra “caricatura” de uma personagem real (ver Monster, Walk the Line, Erin Brockovich). É claro que o facto de ser baseado numa personagem real não significa vitória automática, apenas ajuda: por exemplo, com outra rainha, Elizabeth, Cate Blanchett não ganhou.
Melhor Actor num papel secundário:
O grande favorito parece ser Eddie Murphy, mas na categoria de papel secundário é onde se verificam normalmente as surpresas. Nesse caso talvez Alan Arkin (3ª nomeação sem vencer) o avô de Little Miss Sunshine ou Djimon Hounsou (2ª nomeação) em Blood Diamond tenham alguma hipóteses, sendo o underdog mas não fora da corrida nesta categoria Mark Wahlberg (que deve ter perdido votos para Jack Nicholson pelo mesmo filme, apesar deste não estar nomeado).
Melhor Actriz num papel secundário:
A “American Idol” Jennifer Hudson parece destinada a ganhar com o seu papel em que pouco faz além de cantar e parece ter mais garantias que o seu companheiro de Dreamgirls, mas a existir surpresa o prémio poderá ir para uma das actrizes de Babel, com maior favoritismo para Adriana Barraza (e uma vitória aqui poderia dar indicações sobre os prémios mais importantes). A pequena Abigail Breslin de Little Miss Sunshine seria outra surpresa mais emocional da noite, mas parece que vai ter que se contentar com a nomeação após não ter ganho nenhum dos vários prémios que antecedem os Oscares.
Outros menos favoritos:
Water e Das Leben der Anderen para melhor filme estrangeiro;
Babel e El Laberinto del Fauno para melhor argumento original;
o momento a que chegamos
Há 13 anos
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