janeiro 02, 2010

Top10 2009: Público

o top10 dos filmes de 2009, pelos críticos do jornal Público:

10. Ex-aequo:
Two Lovers - James Gray
Public Enemies - Michael Mann
Afterschool - Antonio Campos
9. Star Trek - J. J. Abrams
8. The Limits of Control - Jim Jarmusch
7. Ex-aequo:
The Hurt Locker - Kathryn Bigelow
Un prophète - Jacques Audiard
5. La mujer sin cabeza - Lucrecia Martel
4. Inglourious Basterds - Quentin Tarantino
3. Ne Change Rien - Pedro Costa
2. Gran Torino - Clint Eastwood
1. Milk - Gus Van Sant

algumas desilusões nas escolhas do Público, como a não menção a The Wrestler ou Che. É evidente a contínua admiração por filmes sem uma narrativa estruturada, por um cinema livre de argumento que se dedica à encenação acima de tudo (Jarmush, Mann, Martel), e continua a admiração por James Gray (Two Lovers, depois de We Own the Night).

3 comentários:

imartins disse...

Star Trek? Nem em Iowa...

Dioniso disse...

O único jornal capaz de por o "Ne Change Rien" no devido lugar... No entanto, considerar o "The Limits of Control" passa-me ao lado. Uma experimentação de Jarmusch num Hollywood "maximalista" e "avataresco", mas não chega para fazer do fim do filme o princípio do cinema.

Joao Araujo disse...

olha que o "Ne Change Rien" tem feito parte de algumas listas lá por fora... mas é difícil para um filme quase sem distribuição. Mas não falta reconhecimento internacional ao Pedro Costa (o Juventude em Marcha tem aparecido igualmente em algumas listas de melhores filmes da década).

Sobre o "The Limits of Control" quero ver se escrevo algo sobre o filme, é um exercício interessante mas ao mesmo tempo situa-se numa linha ténue entre o relevante e algo demasiado conceptual.

O que eu acho interessante na lista do Público é uma apreciação contínua a filmes quase sem história, capazes de criar imagens marcantes sem uma narrativa por trás. Como se as imagens não precisassem de mais nada como suporte e vivessem apenas do momento, e se isso percebe-se em relação a "La Mujer sin cabeza" ou o Limits, quando é em relação a filmes como "Star Trek" ou "Miami Vice" ou "Austrália" (em anos anteriores) parecem estar quase a dizer: estão a ver a história não tem por onde se pegue, mas aquelas imagens... quase numa tentativa mal sucedida de imitar os cahiers na sua admiração ocasional e irreverente a certos filmes mais comerciais.