Desta vez a tradicional lista de melhores filmes do ano do blog (neste caso, com estreia em 2013, em Portugal), os
junkie awards , aparece sob a forma de vídeo a dois momentos, primeiro sobre os que ficaram de fora e depois sobre o top10.
menção honrosa:
Reality de Matteo Garrone - Itália
Mud (Fuga) de Jeff Nichols - EUA
De rouille et d'os (Ferrugem e Osso) de Jacques Audiard - França
L'inconnu du lac (O Desconhecido do Lago) de Alain Guiraudie - França
Le Passé (O Passado) de Asghar Farhadi - França
Post Tenebras Lux de Carlos Reygadas - México
Frances Ha de Noah Baumbach - EUA
Inside Llewyn Davis de Ethan Coen e Joel Coen - EUA
The Place Beyond the Pines de Derek Cianfrance - EUA
Stories We Tell (Histórias que Contamos) de Sarah Polley - Canadá
Django Unchained (Django Libertado) de Quentin Tarantino - EUA
Gravity de Alfonso Cuarón - EUA/GB
The Master de Paul Thomas Anderson - EUA
Spring Breakers de Harmony Korine - EUA
Before Midnight de Richard Linklater - EUA/Grécia
top10
10.
Soshite chichi ni naru (Tal Pai, Tal Filho) de Hirokazu Koreeda - Japão
9.
Tian zhu ding (China – Um Toque de Pecado) de Jia Zhangke - China
8.
Like Someone in Love de Abbas Kiarostami - Japão/França
7.
Da-reun na-ra-e-suh (Noutro País) de Hong Sang-soo - Coreia do Sul
6.
No (Não) de Pablo Larraín - Chile
5.
Jagten (The Hunt – A Caça) de Thomas Vinterberg - Dinamarca
4.
Zero Dark Thirty (00:30 A Hora Negra) de Kathryn Bigelow - EUA
3.
Lore de Cate Shortland - Alemanha/Austrália
2.
Dupa dealuri (Para lá das Colinas) de Cristian Mungiu - Roménia
1.
La vie d’Adèle (A Vida de Adèle) de Abdellatif Kechiche - França/Tunísia
Sobre os três primeiros da lista:
Lore é um filme-poema de uma beleza rara, que contrasta a violenta descoberta dos horrores de uma Alemanha em fim de guerra com uma infusão sensorial descritiva;
Dupa dealuri (Para lá das Colinas) constrói um puzzle claustrofóbico sobre uma relação condenada entre duas raparigas, através de vários planos fixos em que as composições pormenorizadas revelam aos poucos a complexidade que encerram; houve uma vez um filme dos irmãos Dardenne,
Rosetta, imitado por todos nos seguintes anos, que definiu uma estética militante de um cinema social e mostrou as possibilidades de uma câmara livre, que se prende a uma actriz para desenvolver a história. Com
La vie d’Adèle (A Vida de Adèle), Kechiche apropria-se dessa linguagem, mas mais do que uma imitação ou actualização, cria um épico de ferocidade sentimental, indomável no seu desejo de chegar à intimidade de uma personagem, ancorado aqui também por uma actriz, com efeitos devastadores.
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