(comentário & previsões )
Melhor FilmeThe Hurt Locker - 9/10
Inglourious Basterds - 8/10
A Serious Man - 7/10
An Education - 6/10
Avatar - 6/10
Precious - 5/10
The Blind Side - 4/10
District 9 - 4/10
Up - 4/10
Up in the Air - 3/10
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vencedor: “The Hurt Locker” / preferido: “The Hurt Locker”
Melhor Realizador
Que neste caso espera-se que seja melhor realizadora: Kathryn Bigelow, que pode tornar-se a primeira mulher a vencer (e é apena a quarta nomeada na história dos Oscares). O grande opositor de Bigelow é James Cameron, já premiado por”Titanic”: se Bigelow ganhar poderá não significar a vitória de Hurt Locker como melhor Filme, mas se Cameron ganhar Avatar irá com certeza garantir esse prémio.
vencedor: Kathryn Bigelow, “The Hurt Locker” / preferido: Kathryn Bigelow
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Das weisse Band - 10/10 (Alemanha)
Un prophète - 9/10 (França)
La Teta Assustada - 8/10 (Perú)
El secreto de Sus Ojos - 7/10 (Argentina)
Ajami - 7/10 (Israel)
Gostaria de acreditar que os favoritos são “Das weisse Band” e “Un prophète”, duas obras enormemente ricas em complexidade e resplandecentes no seu pragmatismo, mas o provável vencedor pode ser “El secreto de Sus Ojos”, um filme muito mais abrangente e emocionalmente fácil. Por oposição “La Teta Assustada” é demasiado abstracto e de díficil leitura, enquanto que “Ajami” é demasiado específico em relação ao seu tema, apesar de alguma simpatia pela forma original como o faz. A vitória de Michael Haneke poderá ser vista como uma consagração da sua obra até agora largamente ignorada pela academia, sendo de notar que é o único destes filmes que tem uma outra nomeação: para melhor cinematografia. Se o prémio for para “Un prophète” será uma surpresa pelo facto de o filme ter perdido quase sempre para o filme alemão nos prémios anteriores com excepção para os Bafta, mas não deixará de ser merecedor. Sem dúvida, uma das mais interessantes categorias este ano.
vencedor: "El secreto de sus ojos" / preferido: "Das Weisse Band"
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George Clooney destacava-se como favorito no ínicio da época de prémios pela sua performance em “Up in the Air” em que basicamente se projectava a si próprio no papel de um solteirão de quarenta e tal anos, o que até parecia ser suficiente até surgir o provável vencedor Jeff Bridges numa brilhante interpretação como uma decadente estrela de música country onde realmente se entrega de corpo e alma ao filme – a sua vitória poderá também ser vista como a consagração da carreira do “The Dude”. Colin Firth tem tido boas críticas pela sua performance sóbria em “A Single Man” mas a grande revelação entre os nomeados é Jeremy Renner pelo soldado angustiado de “The Hurt Locker”, uma verdadeira demonstração de complexidade mais súbtil que o tipo de filme que é parece sugerir - a surgir uma surpresa poderá ser Renner, mas que só acontecerá se Hurt Locker se mostrar imparável nas outras categorias. Morgan Freeman é que parece ter poucas hipotéses pelo seu papel em “Invictus”, largamanente considerado pouco carismático.
vencedor: Jeff Bridges / preferido: Jeremy Renner
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É uma categoria em que é díficil escolher uma performance que sobressaia em relação às outras, especialmente tendo em conta a perplexidade das não nomeações de Tilda Swinton (Julia) ou Charlotte Gainsbourg (Antichrist). Se existe alguma admiração pela composição pouco usual oferecida por Gabourey Sidibe em “Precious”, não deixa de ser algo inquietante que isso provavelmente se deva ao caracter único da personagem, e que mesmo assim seja uma interpretação de um alcance mono-tónico. Já Carey Mulligan em “An Education” parece ser capaz de convincentemente exibir uma multitude de facetas diferentes mas que não é suficiente para impressionar em demasiado. Meryl Streep, por todo o talento que possui, nada mais é que uma caricatura com sotaque num papel menor no sofrível “Julie & Julia”, que parece ser pouco para lhe dar a vitória que lhe escapa há tanto tempo, especialmente tendo em conta as performances que demonstrou em tempos recentes. Logo a favorita para o prémio, Sandra Bullock, pode até surpreendentemente ser uma boa escolha entre as nomeadas: é a a sua performance que carrega o veículo comercial que é “The Blind Side”, e não é sem mérito que parece dar algum peso emocional no seu retrato honesto de uma texana com coração de ouro, algo já comparado a Julia Roberts em “Erin Brockovich”.
vencedor: Sandra Bullock / preferido: Sandra Bullock
Melhor Actor em papel secundário
vencedor: Christoph Waltz, “Inglourious Basterds” / preferido: Christoph Waltz
Melhor Actriz em papel secundário
vencedor: Mo’Nique, “Precious” / preferido: Maggie Gyllenhaal, “Crazy Heart”
Melhor Argumento
Na categoria de argumento adaptado parece certa a vitória de Jason Reitman por “Up in the Air” como prémio de consolação para o filme; já na categoria original, sem a presença de “Avatar” a disputa será entre Quentin Tarantino e Mark Boal (“The Hurt Locker”), com vantagem para o autor de Basterds, que poderá aqui ganhar o 2º oscar como argumentista, como compensação por provavelmente não ganhar melhor realizador ou filme.
Adaptado – vencedor: “Up in the Air” / preferido: “In the Loop”
Original – vencedor: “Inglourious Basterds” / preferido: “Inglourious Basterds”
vencedor: Mo’Nique, “Precious” / preferido: Maggie Gyllenhaal, “Crazy Heart”
Melhor Argumento
Na categoria de argumento adaptado parece certa a vitória de Jason Reitman por “Up in the Air” como prémio de consolação para o filme; já na categoria original, sem a presença de “Avatar” a disputa será entre Quentin Tarantino e Mark Boal (“The Hurt Locker”), com vantagem para o autor de Basterds, que poderá aqui ganhar o 2º oscar como argumentista, como compensação por provavelmente não ganhar melhor realizador ou filme.
Adaptado – vencedor: “Up in the Air” / preferido: “In the Loop”
Original – vencedor: “Inglourious Basterds” / preferido: “Inglourious Basterds”
Melhor Documentário
vencedor: “The Cove” / preferido: “The Cove”
Melhor Cinematografia
Uma das categorias mais difíceis de prever, mas se julgarmos que uma vitória para “Das weisse Band” ou “Inglourious Basterds” será mais díficil pelo trabalho mais requintado que apresentam (logo menos imediato), poderá estar lançado o caminho para mais uma batalha entre “Avatar” e “The Hurt Locker”: se o primeiro representa uma nova direcção pelas imagens trabalhadas virtualmente e poderá ser premiado pela sua inovação tecnológica, “The Hurt Locker” depende largamente das técnicas e imagens utilizadas para envolver emocionalmente o espectador na história, desde logo imediato na sequência de abertura. Poderá estar nesta categoria um sinal inicial do rumo das restantes categorias, especialmente no confronto entre “Avatar” e “The Hurt Locker”.
vencedor: “The Hurt Locker” / preferido: “Das Weisse Band”
Melhor Montagem
Mais um confronto entre “Avatar” e “The Hurt Locker”: se “Avatar” ganhar aqui poderá ser imparável nas outras categorias, mas o favorito parece ser “the Hurt Locker”, que tal como na cinematografia, utiliza a montagem de forma soberba para manter um elevado nível de tensão constante nas cenas de acção em que o espectador está sempre ciente do ambiente em redor, e que melhor exemplo para um filme pouco convencional de acção do que a sequência do sniper, que em vez de se resolver rapidamente arrasta-se quase até afundar-se no horizonte. É um dos primeiros prémios importantes entregues e será um indicador para o resto da noite.
vencedor: “The Hurt Locker” / preferido: “The Hurt Locker”
Restantes categorias (vencedor, preferido)
Best Costume Design: The Young Victoria / Bright Star
Best Art Direction: Avatar / The Young Victoria
Best Music (Original Score): Up / The Hurt Locker
Best Music (Original Song): “The Weary Kind”, Crazy Heart / “The Weary Kind”
Best Sound Editing: Avatar / The Hurt Locker
Best Sound Mixing: Avatar / The Hurt Locker
Best Visual Effects: Avatar / Avatar
Best Makeup: Star Trek / ?
Best Animated Feature Film: Up / ?
Best Documentary Short: China’s Unnatural Disaster: The Tears of Sichuan Province / The Tears of Sichuan Province
Best Short Film (Animated): Wallace & Gromit in ‘A Matter of Loaf and Death / Wallace & Gromit
Best Short Film (Live Action): “The Door” / ?
1 comentário:
Convenhamos que o Blind Side é muito muito fraco e que o Oscar só pode ser justificado pela necessidade de Hollywood galardoar uma cara nova. Era o agora ou nunca para Sandra Bullock e a "academia" fez-lhe o favor...
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